segunda-feira, 13 de outubro de 2014

(Him)
(Friend)

[...]
- Estás horas, por vezes dias a pensar o que dizer, como dizer. Sempre a tentar prever qual será a reacção de outra pessoa para que não sejas apanhado desprevenido ou para que tenha o efeito que desejas. Chega o momento e apercebes-te que por muito que controles as variáveis não podes decidir qual será a reacção da pessoa. Uma coisa é o que tu dizes outra é o que a pessoa quer ouvir. São dois egos e ambos querem que a mensagem lhes pertença.
- Estás a tentar dizer-me alguma coisa?
- Estou só a pensar.
- Para quê que serve pensar nisso?
- No momento em que tens o primeiro pensamento, separado da rotina que todos parecem levar, dificilmente consegues voltar atrás. E pensas em tudo, para ti, para os outros, todos os futuros possíveis de todas as escolhas que não chegaste a tomar. 
- Nada que uma mulher nos teus braços não resolva.
- Resolve. Resolve sempre, até o efeito da sedução passar e o frio matinal sentar no rebordo da cama enquanto ela dorme e naqueles minutos em que estás sozinho com os teus pensamentos te apercebes que já estás demasiado despertado para voltar a dormir.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

(Inês)
(Him)

[…]
- Why do we have to go through the game in code to say little things when we want to say everything?
- Part of the charm is not knowing. When you recognize what that look hides you can lose the spell forever.
- It seems that people have become accustomed to this way of doing things and nobody dares to do differently, it’s an expected reality with no room for originality. I'm not passing judgment on anyone because for some time now I stopped making judgments about people, life is too complicated for it, and I only wish that living was more than just this… You’re very quiet, what are you thinking about so seriously?
- I'm contemplating your speech knowing that I will never give you an answer.