quinta-feira, 11 de março de 2010

(tenho tido uma semana dark. sempre estou curioso de ver como isto se transpõe para o papel)

os dias seguem-se uns a seguir aos outros, inês esperava que as respostas aparecessem por si mesmas, que os problemas se resolvessem por vontade própria, sem que ela tivesse de agir sobre eles. mas a vida é uma mensagem perdida è deriva no oceano de lágrimas. a indiferença entristecia-a e rompia-lhe a alma de uma maneira louca de quem espera espera e não obtém respostas. se pudesse voltar atrás, se pudesse fazer as coisas de outro modo. mas o tempo não pára e não a deixa esquecer o passado. ela fica à espera, acreditando que a esperança não é só fingimento. pois só os loucos de coração esperam, só os loucos de coração têm a capacidade que esperar eternamente. não sabia quanto tempo esta espera fechada em si ainda iria demorar, mas guarda a dor, o choro do silêncio, nas vagas das horas nocturnas sem dormir. essa noite que a acolhe sobre os lençóis e a beija num sussurro murmurante: “cobre-te, aproxima num aperto as mantas ao teu corpo, aqui ninguém entra no teu mundo, aqui ninguém mostra a sua real natureza cruel, aqui ninguém te transforma um dia bom num dia mau que te deixa em lágrimas internas até finalmente adormeceres.

ok não é bem para a némesis. mas também não se pode esperar que eu tenha sempre isenção de sentimentos.