segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

[…]
(inês) - nem sei porque cometi o erro de dizer olá.
- claro que sabes. é porque não te consegues libertar do facto de que quanto mais me contrarias, mais evidencias que ainda me amas.
- estás maluco? só te cumprimentei para ser simpática. eu odeio-te.
- sim claro, isso é inegável. mas não existe necessidade de continuar a  contrariar que só me odeias porque já nos amamos. não sei porque devemos resistir às nossas memórias, afinal de contas, só odeamos aqueles que deixamos transpor as muralhas, e aproximar o suficiente a tocar o coração. tornando a perda um mortificante lacerar, cuja dor, prometemo-nos não voltar a sentir.
- és tão frio. sabes que foi isso que aconteceu. não precisavas de colocar por palavras e fazer-me relembrar tudo outra vez.
- mas eu… não era isso que eu queria…